Blog da Passo a Passo 2: 2016-04-24

terça-feira, 26 de abril de 2016

Primeiro filho: Uma (R)evolução maravilhosa!





A chegada do primeiro filho é um dos momentos mais especiais na vida de um casal. Junto com o bebê, nasce uma família. Uma relação dual passa a ser triangular. Acumulam-se novos papeis. Três novos personagens aprendem a desempenhar novas funções e são inundados por novos sentimentos e emoções.

A felicidade da chegada deste novo integrante se mistura com a ansiedade de colocar em prática todos os “manuais” lidos e relidos durante a longa espera. Mas a realidade do dia-a-dia não está nos livros. Os novos pais, além de administrar os cuidados com o bebê, precisam conciliar as noites mal dormidas, as visitas, as “interferências” dos mais experientes, a nova relação entre o casal, e muitos imprevistos. E cada nova família vive uma dinâmica única. É o aprendizado da vida real.

A mãe torna-se o vértice principal do triângulo, pois é a responsável direta pela nutrição do bebê. Seu novo papel é também biológico. Seu organismo passa por mudanças hormonais intensas, e a pressão de um novo ser totalmente dependente de si é arrebatadora. O pai, por sua vez, é convidado a assumir um novo lugar e, muitas vezes, encontra dificuldade em encontrar seu espaço. São questões para se ficar atento, pois muitas vezes, a  realização de ser mãe e pai é tão grande, que toda energia, todo foco fica dirigido para o bebê, e a relação do casal fica esquecida.

O primeiro filho é uma experiência única. Um aprendizado a três, com (muitos) erros e acertos. Basicamente, o bebê precisa ser alimentado, receber cuidados de higiene e bem-estar, colo, contato e calor humano. Com estas necessidades básicas atendidas, ele vive, cresce e se desenvolve. E a maneira como o casal conduz todas estas mudanças nas suas rotinas, nos seus papeis e nas suas emoções interferirá diretamente no comportamento do filho. Pais muito ansiosos e exigentes consigo mesmos tendem a transmitir suas angústias para o bebê. Por outro lado, aqueles que se permitirem falíveis, flexíveis e conseguirem se manter unidos, compreensivos e equilibrados nestes momentos de adaptação, muito provavelmente transmitirão esta tranquilidade para o bebê.

Não existe evolução sem revolução. Toda mudança se inicia com alguma desorganização. A família precisa estar ciente de que o diálogo é fundamental para negociar e equilibrar as necessidades de cada um, lembrando sempre que a satisfação pessoal deve ser construída com a realização em vários aspectos, como o profissional, afetivo, familiar, social e intelectual.

E então, é só desfrutar desta experiência mágica de criação e transformação: o milagre da vida!

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski