Chupeta, Mocinha e Vilã!
Sua presença sempre foi
motivo de polêmica ente pais e mesmo entre estudiosos do desenvolvimento
infantil: usar ou não usar?
A tradução do termo chupeta
para o inglês é pacifier, ou seja,
“pacificador”: aquele que tranquiliza e acalma. E esse é justamente o propósito
que leva os pais a introduzir a chupeta ao bebê: acalmar.
Mas, por que ela acalma? A
sucção é um reflexo do bebê desde o útero materno e, após o nascimento, o ato
de sugar se transforma numa necessidade fisiológica, especialmente no primeiro
ano de vida. Além do alimento, que vem através da sucção, o ato de sugar também
libera endorfina, o hormônio do prazer e bem-estar. E aí entra o papel da
chupeta, um “liberador” de endorfina.
E quais são os prós e os
contras do seu uso? Poderíamos apresentar aqui uma lista muito maior de
“contras” do que “prós”. Mesmo assim, grande parte dos pais lança mão desta
poderosa aliada e a oferece à criança nos primeiros dias de vida. Com o uso
prolongado e frequente, a chupeta, aos poucos, vai perdendo a função inicial de
sucção/liberação de endorfina e vai se tornando uma espécie de amparo para as
“dores” emocionais da criança. Assim, fica estabelecida a dependência. E toda
dependência é difícil encerrar.
Por isso, todo cuidado no
seu uso ainda é pouco: o recomendável é introduzi-la depois dos 15 dias de
vida, quando a amamentação já se estabeleceu e a retirada ideal deve acontecer
durante o primeiro ano, o mais tardar entre os 2 e 3 anos.
E como retirar? Em primeiro
lugar, é importante os pais estarem seguros da decisão, pois a criança percebe
quando estão vacilantes ou quando há discordância entre o casal. Aos poucos, pode-se
limitar os horários e buscar eliminar o hábito durante o dia. Depois, deve-se
preparar a criança para a separação definitiva, determinando um momento para a sua
retirada, sem voltar atrás.
E é claro que vale negociar:
é um processo difícil, tanto para a criança quanto para os pais, mas necessário
para o seu crescimento e fechamento de um ciclo. Alguns pais usam o recurso das
trocas, outros da “doação” para um personagem, o importante é tentar dar o
suporte emocional para a criança, principalmente nos primeiros dias, que são os
mais críticos. Geralmente, em uma semana tudo se acalma novamente.
E que venham
as novas fases e os novos desafios!
Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski.
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