Blog da Passo a Passo 2: 2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Compra, compra, compra?



É tempo de presenteá-los. Aliás, nós adoramos isso. Nada melhor do que ver o sorriso de uma criança ao abrir um presente. O Natal faz a alegria de pais e filhos, tios e avós. Mas qual o limite na hora de realizar o desejo dos filhos? 

O assunto já foi tema de redação do ENEM e sempre é bom refletirmos sobre o impacto do consumismo na formação desta nova geração que está sendo por nós lapidada, especialmente nesta época de final de ano, em que as indústrias de brinquedos se programam para lançar novidades, justamente para conquistar o desejo dos pequenos, que encaminham suas demandas aos pais. Além das lojas cheias, a insistência dos filhos em comprar tudo e mais um pouco pode fazer alguns pais entrar no jogo. É preciso muito cuidado e cautela.

O documentário “Criança, a Alma do Negócio” de Estela Renner, demonstra de forma clara e precisa (e alarmante!) a realidade do consumismo infantil no cenário brasileiro. Em uma das dinâmicas com algumas crianças, a entrevistadora coloca duas folhas no chão, cada uma com as palavras: Brincar e Comprar, e a seguir pede para que eles coloquem a mão naquela que mais gosta, e o resultado é a maioria das mãos na folha “Comprar” e uma na outra folha.

Para podermos falar sobre o manejo dos pais em relação ao assunto, é necessário diferenciar a palavra consumo de consumismo. Consumo pressupõe uma compra de algo que realmente necessário, e consumismo um hábito exagerado de comprar, comprar e comprar sem necessidade. As origens deste comportamento são os mais variados possíveis, e vão desde a influência dos amiguinhos, da propaganda, passando pelo exemplo dos pais (talvez um dos fatores mais importantes!), seus sentimentos de culpa e até outros fatores emocionais.

Por estas razões, o bom senso na hora de ceder à insistência das crianças, sempre é bem vindo. Faça a pergunta mágica: “é necessário?” Afinal, qual pai ou mãe nunca se deparou com seu filho se divertindo mais com algum utensílio da cozinha do que com o brinquedo colorido e sofisticado que ganhou? É importante que eles aprendam a não depender exclusivamente de brinquedos e de produtos industrializados para se divertirem.

Acompanhar os conteúdos informativos e publicitários que os filhos estão expostos e trazer uma reflexão sobre as reais necessidades do objeto de desejo sempre ajuda. Os excessos geralmente são perigosos.


Se ainda não bastou, quer mais um motivo para deixar os apelos do consumo bem longe dos seus filhos? Anota esse: os efeitos sobre o meio ambiente. Você já parou para pensar qual é o destino do lixo que produz? E que quanto mais você compra, mais produz lixo. Pobre planeta. Fica o convite para refletir sobre o assunto.

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Uma vida dedicada à Educação



Há 35 anos, no dia 08 de dezembro de 1980, em Copacabana eu abria as portas da PASSO A PASSO.

Na época a ideia de creche ainda era pioneira. Os pais ainda tinham dúvida se ficar longe de casa era o melhor a se fazer com seus bebês....

Ao longo dos anos com muito trabalho e estudo nos estabelecemos e não restam mais dúvidas: lugar de criança é com criança e é brincando que se aprende!

Em 2000 abrimos nossa filial na Gávea. Com a segunda filial e na segunda geração da família trabalhando,  passamos a nos chamar PASSO A PASSO 2. Continuamos com o mesmo trabalho e dedicação conseguindo atender ainda mais crianças e famílias.

Passaram por aqui mais de 5.000 crianças!! Hoje já recebemos filhos de nossos ex alunos, netos de nossos ex funcionários e contratamos profissionais que foram nossos alunos.

O nosso muito obrigada a todos que contribuíram com a nossa história: alunos, pais, avós, coordenadores, professores, auxiliares, colaboradores e amigos!   

E assim como uma grande família vamos passo a passo contando a nossa história junto com a de vocês.

Paula, Andrea e Isabela 
Janiszewski

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Violência e criminalidade: Como ajudar a criança a não ter medo de algo que nós temos medo?



Sabemos que até em torno de 6 anos, os medos, de certa forma, fazem parte do desenvolvimento e do imaginário infantil. Mas como lidar com os medos reais, como a violência urbana da nossa cidade ou como a onda de atentados terroristas que assola o mundo? Um assunto delicado, pois, além de não temos controle sobre os agressores, sentimos medo também e, como pais e protetores, acabamos nos sentindo impotentes diante dessa realidade. 

Mesmo que tomemos cuidado, todos os dias os noticiários e as pessoas do nosso convívio relatam novos casos de violência e/ou criminalidade. Nós, adultos, conseguimos diferenciar o que é notícia da realidade, pois sabemos que o mundo não é composto só por maldade. Mas como essas notícias são absorvidas pelas crianças? Como falar sobre esses assuntos sem assustar os pequenos? 

É uma tarefa delicada e de muita responsabilidade, já que precisamos zelar pela sua segurança e, ao mesmo tempo, dar-lhes a possibilidade de ter uma vida saudável, tranquila e feliz. Nosso maior desafio é transmitir tranquilidade para as crianças. E podemos conduzir esta conversa em dois focos. 

O primeiro foco é o da realidade: é importante orientar a crianças sobre as regras básicas de segurança, como não falar com estranhos, não aceitar carona e guloseimas de quem não conhece, etc. Também é importante evitar que assistam os jornais e noticiários que enfatizem a criminalidade, pois as crianças pequenas não tem estrutura emocional para absorver estas informações. Além disso, ao perceber que os pequenos estejam receosos, é importante transmitir-lhes segurança: enfatizar que papai e mamãe estão atentos e tomando todos os cuidados possíveis para protegê-la. Caso a criança (e somente neste caso) questione o “poder” dos pais em evitar que algo aconteça, é importante ser sincero: não podemos evitar, mas podemos diminuir as chances de acontecer. Se for um assalto, entregarão o que a pessoa pedir e voltarão para casa. É importante evitar muitos detalhes e possibilidades. Fingir que o problema não existe ou demonstrar medo com relação aos assuntos não são a melhor forma de lidar com a situação.

O segundo foco é o da reflexão: É preciso ensinar para a criança que fatos bons e ruins acontecem todos os dias e não estão só na TV, mas que eles servem para a construção do aprendizado, para ensinar o ser humano a enfrentar os problemas. Também é importante assegurá-la que existem muito mais pessoas boas do que más, e que as “más” têm algum motivo para estarem assim: ou não tiveram amor, ou passam fome, ou sofreram algum tipo de violência também. E que talvez elas não tenham tido a possibilidade de escolher uma vida melhor. Mas a grande maioria das pessoas escolhe ser boas.


É fundamental ter sempre claro que o medo é um sentimento que faz parte do nosso emocional. O que as crianças mais precisam na hora do medo é o sentimento de acolhimento e de conforto.

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewsk

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Tirania Infantil

O Risco da Tirania Infantil

Em tempos de vida corrida e de inversão de valores que a sociedade atual impõe, muitos pais acabam se deparando com situações difíceis de manejar, principalmente no que diz respeito à rebeldia e ao comportamento opositor dos filhos.

Vale lembrar que a criança, dos 2 aos 6 anos, está em pleno desenvolvimento da autonomia e certas crises de birra e de teimosia são normais: ela está querendo dizer ao mundo que tem vontade própria e quer lutar pelas suas opiniões. Por isso, é importante que os pais estejam atentos ao manejo destas crises, bem como à sua frequência.

O comportamento infantil de desafiar as regras deve ser tratado com bom senso: aquilo que a criança está reivindicando é passível de acordo? Se sim, converse, exponha os prós e os contras e negocie, às vezes ela pode ter razão e fazer a sua vontade não vai implicar em riscos ou grandes perdas. Se não, converse também: explique os motivos do “não” e mantenha-se firme. Neste momento, é importante que ela perceba que a negativa não tem negociação e que o papel dos pais é orientá-la e protegê-la. Se necessário, seja assertivo e enfático. Caso a criança perceba insegurança e/ou desacordo entre os pais, ela vai continuar insistindo e tentando manipulá-los.

E muitos pais, com orgulho ou justificativa, afirmam: “ela tem uma personalidade forte, sabe o que quer” ou “ela herdou a gênio forte da mãe/pai”, quando na verdade o que está acontecendo é a ausência de limites.

Por incrível que pareça, as crianças ditadoras ou tiranas, os chamados “reizinhos da casa”, escondem uma grande insegurança. Quando elas sentem que os pais fazem todas as suas vontades e não lhe impõem limites, a mensagem que estão captando é a de que elas decidem o seu destino e, por saber que não possuem maturidade para tanto, sentem-se inseguras. Ou seja, elas conduzem um barco que não sabe para onde ir.


No livro “Disciplina – Limite na medida certa”, Içami Tiba destaca alguns comportamentos indicativos de pais que estão criando filhos tiranos, tais como:

- Fazem tudo que os filhos exigem, por temor a perder o seu amor;

- Por cansaço, cedem após a insistência dos filhos;

- Defendem sempre os filhos contra todos, inclusive contra a escola, baseados somente no que eles dizem;

- Prometem castigos e/ou consequências, mas eles próprios não cumprem;

- Fazem pelos filhos o que eles já tem condições ou o dever de fazer, como dever de casa, guardar brinquedos, amarrar cadarços dos tênis, carregar lancheira, etc.;

- Engolirem calados todos os “sapos” que os filhos preparam;

- Abrirem mão de tudo que tem que fazer para satisfazer as vontades dos filhos;

- Derem sanduíches ou lanchinhos logo após a recusa de comer no almoço ou no jantar;

- Forem supersolícitos para compensarem nos filhos seus próprios sentimentos de culpa por separações conjugais, viagens e até por estar fora de casa, trabalhando;

- Perdem o respeito entre si e passam a sabotar, maltratar, ofender, ridicularizar, agredir, menosprezar, trair um ao outro;

- Contrariam sempre o cônjuge para estar a favor das crianças;

- Usam ou agradam seus filhos para agredir o seu cônjuge;

- Fazem pacto ativo (cúmplice) ou passivo (conivente pelo silêncio) com as transgressões dos filhos sem o conhecimento do seu cônjuge;

- Levam um copo d'água toda vez que o filho, sentado na frente da televisão, pedir;

- Recolhem toda a bagunça deixada pelo filho;

- Reclamam mais de três vezes sobre as mesmas transgressões sem tomar nenhuma atitude consequente.

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Papai Noel

“Mamãe, Papai Noel Existe?”


Natal chegando, época de esbarrar com o Papai Noel pelas ruas, lojas, shoppings, restaurantes. Brilho nos olhares das crianças, evitamento e receio em outras, encantamento e magia em todas! Afinal, o Papai Noel desperta o mundo imaginário dos pequenos, a fantasia e a magia característicos desta fase. Mas como lidar com a crença no “bom velhinho”?  É saudável incentivar a fantasia? Quando devemos contar a verdade? E se eles descobrirem?

Incentivar a crença no Papai Noel é absolutamente saudável. Não devemos tirar da criança a capacidade de fantasiar. Pelo contrário, o papel dos pais é facilitar o mundo da imaginação para os pequenos, oferecendo-lhes todas as possibilidades de sonho e fantasia. O Papai Noel é uma das recordações mais bonitas que trazemos da infância, e representa muito mais do que um entregador de presentes. O velhinho barbudo e simpático representa a bondade e a fraternidade. Representa aquele que dá sem esperar nada em troca. É um personagem, e acreditar nele ajuda a criança a formar valores mais sólidos de bondade e fraternidade, além de proporcionar uma infância mais feliz e cheia de imaginação.

Com o tempo - geralmente a partir dos 6 anos - a criança vai se desvinculando deste universo imaginário e descobre “a verdade”, seja através de um amiguinho, seja por ela mesma ou por qualquer outro motivo. E este é um momento marcante, que pode deixar alguns pais inseguros com o risco de perderem a confiança do filho, ou que ele se sinta enganado por eles.

E o que dizer diante da pergunta: “Papai/Mamãe, Papai Noel existe?” Primeiro, é importante estar atento ao momento da criança: algo deve ter acontecido que a fez questionar. Uma sondagem é sempre bem vinda. Pergunte a razão da dúvida, compartilhe sua dúvida também, responda sobre a sua crença naquilo que o personagem representa. Há várias maneiras de tornar este um momento de descoberta saudável e o fim do ciclo imaginário. E por que não convidá-la para se vestir de Papai Noel e distribuir bondade e fraternidade entre as pessoas?

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski.



terça-feira, 10 de novembro de 2015

Resiliência

Como ensinar as crianças a serem resilientes?


Que a vida não é um “mar de rosas”, todos sabemos. Não podemos viver encapsulados e imunes aos problemas, obstáculos, pressões e frustrações do dia-a-dia. Tampouco podemos proteger as crianças de experiências dolorosas e traumáticas, pois a vida se encarregará de nos pegar desatentos ou ausentes, e elas terão que enfrentá-las sozinhas.  Jamais conseguiremos manter nossos filhos numa “redoma” ou abraçá-los constantemente com um “escudo protetor”. E nem devemos!

É importante que a criança aprenda, desde cedo, a enfrentar as adversidades que a vida lhe impõe, lidando com as frustrações e limites de forma saudável e construtiva, para que se torne um adulto resiliente.

Mas o que é ser resiliente? A definição literária para o termo resiliência é a “propriedade que alguns corpos têm de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação”.

A psicologia tomou emprestado o termo da física e o ressignificou como uma qualidade humana fundamental: “a capacidade que o ser humano tem de experimentar adversidades e sair fortalecido delas.” A resiliência age como uma defesa e, ao mesmo tempo, com uma reação positiva ao stress e à dor. E isto é algo que podemos aprender e desenvolver ao longo da vida, começando desde cedo, ainda na primeira infância.

A APA – American Psychological Association em seu Resilience Guide for Parents & Teachers, apresenta 10 dicas para criar crianças e adolescentes resilientes:

  • Fazer amigos: Ensine ao seu filho a importância de uma amizade. O que é a empatia e como se partilham as tristezas dos amigos. Encoraje-o a ser amigo do seu amigo. É importante ter uma rede familiar forte que o ajude a superar as suas angústias. Fique atento ao que se passa na escola para que não se isole. Relacionar-se com outras crianças fortalece a capacidade de resiliência. Insira-o em grupos: seja um grupo do clube, ou um grupo religioso, de escoteiros, ou um grupo de esportes.

  • Ajudar os outros: Ensine-lhe a importância de ajudar alguém. Crianças que se sentem “de lado” podem tornar-se mais confiantes se ajudarem os outros. Ensine-o a fazer algo voluntário e apropriado para a sua idade. Peça-lhe que o ajude em pequenas tarefas para que se sinta mais útil.

  • Rotina Diária: Estabelecer uma rotina diária é extremamente importante para uma criança se sentir segura. Saber o que vai acontecer a seguir transmite-lhe confiança. Encoraje o seu filho a criar também ele a sua própria rotina (organizar os brinquedos, arrumar a mochila, organizar o material da escola, etc.)

  • Fazer uma pausa: Toda a regra tem uma exceção. Embora seja importante manter uma rotina, andar a “toque de caixa” e estar sempre cumprindo horários pode ser pouco produtivo. Ensine-o a abstrair-se dos seus focos de preocupações. Esteja ciente das coisas que ele vê e ouve, quer sejam notícias, internet ou até conversas de adultos que ele não tenha maturidade para compreender, e que lhe cause alguma preocupação ou medo.

  • Cuidar de si próprio: Seja um bom exemplo e transmita-lhe a importância de fazer refeições completas e nutritivas, de fazer exercício e de descansar. Certifique-se que seu filho tem tempo para brincar e tempo de ócio para relaxar. Cuidar de si próprio e ter tempo de brincadeira vai ajudá-lo a saber lidar com situações estressantes que possam aparecer.

  • Criar metas e objetivos: Ensine-o a criar objetivos realistas e a alcançá-los. Trabalhar na direção dos objetivos propostos mesmo que lentamente, ser encorajado a continuar, e elogiado pelos seus pequenos feitos, ajuda a construir resiliência e a ser capaz de enfrentar novos desafios, para que sinta o sabor da vitória em pequenas doses e continue a ser esforçado.

  • Desenvolver a autoestima: Ajude-o a lembrar-se de situações difíceis que ele ultrapassou com sucesso, e mostre-lhe como essa aprendizagem lhe deu bagagem para lidar com outros desafios futuros. Que está preparado e que consegue. Ensine-o a ter confiança em si próprio para tomar decisões e resolver problemas. Ensine-o a compreender o humor das situações e a capacidade de saber rir de si próprio.

  • Ser Otimista: Ver o copo meio cheio é um dos segredos das pessoas resilientes. Ajude o seu filho a ter uma visão otimista e positiva. Isso vai ajudá-lo a ver as coisas boas da vida e continuar mesmo nos momentos mais difíceis. Ele aprenderá a não desistir assim que uma situação se torne mais difícil ou mais complicada.

  • Autoconhecimento: Muitas vezes é diante das adversidades que as pessoas aprendem a se conhecer. Ensine o seu filho que perante uma situação menos boa pode e deve aprender a conhecer-se a si próprio.


  • Aceitar as mudanças: Tornar-se adaptável. Mudar, muitas vezes pode ser assustador para crianças e adolescentes. Ajude seu filho a ver que a mudança é parte de vida e novas metas podem substituir metas que se tornaram inalcançáveis. 

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A importância das aulas de educação ambiental na infância


Observar, descrever, comparar, descobrir!

Horta, pato, galinha, galo, iguana, cobra, sol, energia, água, e muitos experimentos!

Na semana que passou nossa Escola esteve recheada de novidades com a Feira de Ciências Passo a Passo 2 – Unidade Copacabana.

É um mundo mágico que se abre! Nos primeiros anos de vida, a Ciência provoca um encontro com o desconhecido e convida a criança a explorar um novo mundo que se mostra para ela.

O estímulo à compreensão deste novo mundo é condição necessária para que ela possa reconhecer-se como parte do universo e como indivíduo e, progressivamente, desenvolver atitudes  de respeito e preservação da vida e do meio-ambiente, bem como atitudes relacionadas à saúde.

Tivemos a participação da Iguana na nossa feira porque ela tem uma forte ligação com os vegetais e com a luz como fonte de energia.

Aprendemos sobre o desenvolvimento dos vegetais e a importância do Sol para eles e para os animais. Como exemplo, para sistematizar o aprendizado, usamos a Jiboia.

Falamos também da vida na fazenda e nos campos e como as histórias e lendas fazem parte da vida dessas pessoas. Conhecemos a lenda: “O Cágado e o Teiú”.

Fizemos, ao longo do ano, diversos experimentos sobre luz como fonte de energia e como forma de energia limpa!


Nós, da Passo a Passo 2, fomos umas das escolas pioneiras em inserir a Educação Ambiental dentro da grade de aulas. Sabemos da grande importância e contribuição que estamos fazendo para que as crianças de hoje se tornem adultos mais preocupados com os animais, com a natureza e com o futuro do nosso planeta.

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

É Tempo de Brincar ao Ar Livre

Previsão do Tempo: É Tempo de Brincar ao Ar Livre


Já estamos no fim de outubro e, com o horário de verão, os dias ficam mais longos. O final da tarde é o momento perfeito para convidar as crianças para brincar ao ar livre. 

As brincadeiras ao ar livre e em contato com a natureza estimulam a criatividade e a interação com pessoas, animais, natureza, reforçam o sistema imunológico com coisas que molham e sujam, ajudam no desenvolvimento emocional com jogos onde se ganha e se perde – e o que é melhor, sem botões eletrônicos

Embora saibamos que o mundo digital é mais sedutor e confortável, principalmente depois de um dia cansativo de trabalho, sair para brincar com as crianças pode funcionar como um reativador das energias. E as vivências no mundo real são fundamentais para que elas aprendam a lidar com suas emoções, com regras e frustrações. Pode ser no quintal de casa, na varanda, na pracinha, no parque, na praia, enfim, onde a imaginação permitir. 

Nossas sugestões:

Piquenique – Junte pães e frutas, sucos, bolos e leve tudo para um lugar verde e bonito. Leve também bola, bicicleta, peteca – celular só se for pra tirar fotos ou colocar uma música legal, combinado?

Acampamento – Sabe aquela barraca que seu filho insiste em montar no meio da sala? Monte ao ar livre, prepare alguns lanches, leve uma lanterna para sair de lá só quando a noite chegar.

Ateliê – Você detesta canetinhas, guache, cola colorida e tudo o que possa sujar seu sofá? Desencane pelo menos no fim de semana, espalhe papéis pelo chão e parede da varanda, e deixe a criançada rabiscar à vontade.

Cuidar das plantas – Vai molhar, vai levar um pouco mais de tempo, mas não perca a oportunidade de ensinar seu filho a cuidar das plantas e a fazer uso da água de forma responsável.

Passear com o cachorro – Ensine seu filho o respeito pelos animais, suas necessidades de movimento, estimule a recolher suas sujeirinhas e correr junto com ele.

E ainda: amarelinha, corda, pipa, lupa, binóculo, catavento, bolhinhas de sabão, dança, canto, ciranda, esconde-esconde, ufa… cansou? Então é hora de se recolher, tomar um banho relaxante, jantar e dormir como um anjinho!
Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Chupeta, Mocinha e Vilã!



Chupeta, Mocinha e Vilã!

Sua presença sempre foi motivo de polêmica ente pais e mesmo entre estudiosos do desenvolvimento infantil: usar ou não usar?

A tradução do termo chupeta para o inglês é pacifier, ou seja, “pacificador”: aquele que tranquiliza e acalma. E esse é justamente o propósito que leva os pais a introduzir a chupeta ao bebê: acalmar.

Mas, por que ela acalma? A sucção é um reflexo do bebê desde o útero materno e, após o nascimento, o ato de sugar se transforma numa necessidade fisiológica, especialmente no primeiro ano de vida. Além do alimento, que vem através da sucção, o ato de sugar também libera endorfina, o hormônio do prazer e bem-estar. E aí entra o papel da chupeta, um “liberador” de endorfina.

E quais são os prós e os contras do seu uso? Poderíamos apresentar aqui uma lista muito maior de “contras” do que “prós”. Mesmo assim, grande parte dos pais lança mão desta poderosa aliada e a oferece à criança nos primeiros dias de vida. Com o uso prolongado e frequente, a chupeta, aos poucos, vai perdendo a função inicial de sucção/liberação de endorfina e vai se tornando uma espécie de amparo para as “dores” emocionais da criança. Assim, fica estabelecida a dependência. E toda dependência é difícil encerrar.

Por isso, todo cuidado no seu uso ainda é pouco: o recomendável é introduzi-la depois dos 15 dias de vida, quando a amamentação já se estabeleceu e a retirada ideal deve acontecer durante o primeiro ano, o mais tardar entre os 2 e 3 anos.

E como retirar? Em primeiro lugar, é importante os pais estarem seguros da decisão, pois a criança percebe quando estão vacilantes ou quando há discordância entre o casal. Aos poucos, pode-se limitar os horários e buscar eliminar o hábito durante o dia. Depois, deve-se preparar a criança para a separação definitiva, determinando um momento para a sua retirada, sem voltar atrás.

E é claro que vale negociar: é um processo difícil, tanto para a criança quanto para os pais, mas necessário para o seu crescimento e fechamento de um ciclo. Alguns pais usam o recurso das trocas, outros da “doação” para um personagem, o importante é tentar dar o suporte emocional para a criança, principalmente nos primeiros dias, que são os mais críticos. Geralmente, em uma semana tudo se acalma novamente. 

E que venham as novas fases e os novos desafios!

Andrea Bellingall e Isabela Janiszewski.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Uma Semana Especial





Uma Semana Especial

Tem coisa melhor do que comemorar a infância? Criança é sinônimo de alegria, de casa feliz, de energia, de inocência, de ternura, de descobertas, de sonhos. Ser criança é viver de alma relaxada, é correr na chuva, brincar na terra. É se permitir ser, estar, fazer, criar, sonhar. E tanto mais.

Durante esta semana nossa Escola é festa! Comemoramos esta fase tão especial, pela qual todos nós, adultos, passamos e guardamos as lembranças mais importantes de nossas vidas. Alguns mais, outros menos. Todos, de alguma forma, revivem suas infâncias junto com os filhos, os sobrinhos, os netos. E isso faz tão bem para a alma, não é?

Nós, educadores, somos privilegiados! Nós temos a oportunidade de conviver e voltar a ser criança todos os dias. Muitos de nós escolhem esta missão pela sintonia com “as infâncias”: as nossas, as dos nossos filhos, as dos nossos alunos. Vivemos e revivemos a infância todos os dias. Voltamos a ser crianças quando planejamos as atividades, quando interagimos com os alunos, quando somos cúmplices dos olhares puros e felizes daqueles que nos rodeiam todos os dias. E esta é uma experiência bárbara!

Brincamos de ser criança todos os dias! Por vezes, nos permitimos relaxar a alma e brincar na terra. Em outras, brincamos de ser gente grande para apresentar as regras da brincadeira, inspirados no respeito por esta fase tão fecunda. E assim vamos nos divertindo, dia após dia, aprendendo e ensinando, numa roda-viva de sonho e encantamento!

Então, temos que comemorar em dose dupla! Ser criança e ser educador! Ser as duas coisas, todos os dias, com todo o respeito por aquele que virá a ser, e com toda a alegria daquele que é! Pois somos!

Nossa homenagem aos nossos alunos crianças e aos nossos educadores crianças! 

Com carinho e infância,
Andrea e Isabela.